Fitoterapia

A Fitoterapia é o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura de doenças, e os primeiros registros vem das antigas civilizações como a China, onde em 3000 A.C. há descrições das propriedades do ginseng e da cânfora.

Este ramo oriental,faz parte da MTC, a Medicina Tradicional Chinesa, onde utiliza-se  folhas, flores, frutos, raízes, cascas para recuperação de estados patológicos e prevenção da falta de saúde da pessoa que a utiliza, sendo uma das vantagens a utilização das plantas para tratar diferentes males ao mesmo tempo.

Em base ao diagnóstico pela MTC, estuda-se os hábitos alimentares, histórico médico, estilo de vida, estados mentais e emocionais, ginecologia, exames da língua, e pulsação e então o terapeuta escolhe uma receita que mais se aproxime do quadro do paciente, prescrevendo várias ervas, que combinadas entre si promovem o restabelecimento da saúde do paciente. Após esta primeira consulta, que tem a duração aproximada de uma hora e meia, o paciente deve voltar para ajustes nas dosagens.

As ervas tem sabores peculiares, como acre, doce, amargo, salgado, azedo, e suave e também existem diversas temperaturas, como quente, frio, morno, neutro, fresco que tem um objetivo específico em um tratamento, a exemplo as doenças quentes devem ser tratadas com ervas frias, e doenças frias devem ser tratadas com ervas quentes. Estas preparações levam o paciente ao equilíbrio, facilitando a digestão para que as ervas sejam bem absorvidas.

Atualmente buscam-se ervas nativas com propriedades similares as chinesas, poia o Fitoterapeuta combina os ensinamentos do oriente com as tradições indígenas e remédios populares, complementados pela pesquisa científica moderna.

É muito importante conhecer cada detalhe da planta a ser utilizada, já que às vezes, diferentes partes de uma mesma planta servem para tratar diferentes males, além de existirem ervas tóxicas e combinações de ervas que não são aconselhadas, muitas ervas são proibidas durante a gravidez, pois podem provocar o aborto, principalmente nos três primeiros meses de gestação.

No Ocidente, já existem estudos para estabelecer as melhores dosagens para o uso das plantas mais conhecidas, porém o universo destas é imenso, e muitas pertencem ao uso “caboclo” e indígena, onde a experiência é passada de geração em geração e não pode ser desprezada pela ciência moderna, na realidade a ciência atrela-se ao conhecimento empírico e não o contrário.

Existem diferentes maneiras de preparo de plantas medicinais como cataplasmas, xaropes, ungüentos, infusões (chás), sucos, compressas, banhos e cápsulas. Uma vez conhecendo as plantas e sabendo prepará-las, tem-se uma poderosa ferramenta para auxiliar nos tratamentos para o restabelecimento da saúde.