A drenagem linfática é o que pressupõe o nome, drenar a linfa do organismo, drenar os líquidos da 2a circulação venosa, que quando estão em estado patológico, não fluem por seus canais próprios e causam intoxicações, inchaços dos braços, pernas e rosto, que podem ser aliviadas através de técnicas de manipulação e conjuntos de manobras muito específicas, lentas, rítmicas e superficiais para atuar basicamente no sistema linfático, não causando dor e nem deixar equimoses (roxo), realizadas sempre no mesmo sentido da circulação de retorno, analisando-se durante a avaliação a extensão do comprometimento e as regiões para onde o líquido de edema deva ser evacuado.
Necessita-se conhecimento específico da anatomia do sistema linfático para melhor coletar líquido excedente dos espaços intercelulares existentes dos vasos linfáticos até os vasos de maior calibre e daí aos vasos venosos, encontrando-se no ângulo venolinfático também chamado de términos, localizados na região supra clavicular com as veias subclávias direita e esquerda e jugulares direita e esquerda.
A Drenagem linfática atua de forma preventiva ou como tratamento na estética ou na terapêutica, por favorecer o escoamento de líquido intersticial excedente, produzindo indiretamente uma melhor troca de materiais entre capilares sangüíneos e as células dos tecidos, e em cirurgias promovem o alívio causado pelo desconforto do edema pós cirúrgico, ao provocar mudança favorável em todos os sintomas de disfunções que implicam edema, mediante benéfica evacuação pelas vias sangüíneas e linfáticas.
Ganhando destaque nos últimos cinqüenta anos, a drenagem vem sendo reconhecida no meio científico como uma importante e eficiente ferramenta de restabelecimento físico, desta forma, as várias modalidades de drenagens foram desenvolvidas, logicamente sendo evitadas nos locais onde há erupção cutânea, bolhas, feridas, varizes pronunciadas, trombose, tumores, entre outros.
A massagem direcionada para gestantes vem se tornando uma freqüência em clínicas, hospitais e academias, e os resultados obtidos com aplicações durante o período gestacional, a mulher pode manter sua qualidade de vida e garantir assim o equilíbrio entre mente, corpo e emoções, sendo já concensual que os benefícios proporcionados à mãe são estendidos ao bebê.
Além do tratamento e prevenção, a drenagem é uma ferramenta capaz de relaxar e tonificar a musculatura, eliminar catabólicos, diminuir a fadiga muscular, estimular a produção de elastina e colágeno, melhorar a circulação arterial e venosa, estimular o metabolismo, acelerar o fluxo de retorno linfático, produzir benefícios emocionais, diminuir a espessura do tecido conjuntivo e fazer o equilíbrio entre o sistema simpático e parassimpático.
A pesar de tantos benefícios comprovados cientificamente, não é unânime a indicação da drenagem no período gestaciona, principalmente nos dois primeiros meses de gestação em que o embrião flutua livremente no útero até se fixar, sendo evitadas determinadas manobras, ela em si não é contra indicada para gestantes, porém, a mulher quando grávida deve comunicar ao seu massoterapeuta que se encontra em período gestacional, desta forma, a partir do estudo de caso será possível determinar qual a melhor técnica a ser aplicada.
O trabalho de drenagem antes de cirurgias e pós-cirúrgica deve ter um período de 30 dias antes e depois do evento, NÃO É APÓS ESTE TEMPO que se tem os principais resultados, e quando o profissional médico indica a drenagem pós-cirúrgica somente após 30 dias, o paciente deve questioná-lo e procurar uma segunda e até uma terceira avaliação, principalmente em cirurgias estéticas, por passado este tempo a formação de quelomas poderia ser evitado, similar para os quadros pré e pós-parto, seja ele normal ou cesariana, e é importante o massoterapeuta estabelecer contato freqüente com o médico da paciente, informando-se e informando sobre o quadro da mesma.